Ao leitor atento,
Os valores da Maçonaria Regular e Tradicional ajudam-nos a reflectir, em consciência, sobre as questões que se
nos deparam no dia-a-dia, especialmente, quando confrontados com o avanço da
Ciência e com tudo aquilo que ela nos questiona de forma permanente: “A Busca
da Verdade”. Contudo a própria Ciência é confrontada por novas descobertas e
novas teorias. É um mundo em constante evolução. Podemos assim questionar-nos: onde
se apoiam os Maçons para a permanente evolução na procura da verdade?
Diria, pois, que apenas na
Tradição poderão encontrar as respostas adequadas à sua formação moral e
cívica. Na verdade, só a Tradição reproduz as origens para o permanente
aperfeiçoamento que todo o Maçon aspira. Tal como nos diz o Grão-Mestre da
GLNP, na Tradição Iniciática posicionamos-nos no caminho que nos conduz à
purificação espiritual tão necessária, para que de forma consciente e firme
possamos reproduzir os valores essenciais da Maçonaria.
Sabemos que este percurso é forçosamente lento e doloroso,
mas quando alcançado torna-se compensador, preenchendo os nossos corações e
satisfazendo os nossos desígnios.
Existem muitos Ritos no Mundo,
tanto na Maçonaria regular insular, como na maçonaria regular continental. Bem
como noutros modelos de maçonaria mais ou menos humanistas.
O Rito Escocês Antigo e Aceito
estruturou-se pela via da maçonaria regular continental e diferencia-se das
restantes por ser uma Ordem essencialmente Iniciática, portadora de valores
baseados nos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Como diz o nosso Muito Ilustre
Irmão Michel Basuyaux, “[...] a ordem iniciática, inicia os homens de
maneira a continuarem fora do Templo a obra começada por eles próprios nos
Templos”.
É esta consciência adquirida na
Iniciação maçónica que importa saber assumir e saber fazer.
Os valores de que os maçons são
portadores têm de se tornar efectivos no Grande Templo que é o Universo.
Questões como a defesa do ambiente, a preservação da natureza, o combate à
pobreza, a justiça social, etc., são combates de hoje como cidadãos e maçons.
Um mundo fortemente globalizado,
torna-se presa fácil ao enriquecimento ilícito, à corrupção, ao materialismo
desmedido, pondo em risco a ordem social e cívica.
Através de uma consciência
maçónica universal, baseada em valores e apoiada nos princípios de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, poderemos contribuir de forma activa para um mundo
melhor.
O Supremo Conselho de Portugal para o
Rito Escocês Antigo e Aceite*, actuando de acordo com as
Constituições de 1786, trabalha os graus 4º a 33º deste Rito, e são os
Guardiães em Portugal na regularidade e tradição Maçónica Iniciática.
O reconhecimento Internacional
deste Supremo Conselho encontra-se efectivado no reconhecimento mútuo com os
Supremos Conselhos de todo o Mundo, que fazem parte dos Convénios Internacionais
dos Supremos Conselhos para o R.´. E.´. A .´.A .´., que reúnem ordinariamente de dois em dois anos e dele
fazem parte efectiva os Supremos Conselhos de França, Bélgica, Espanha, Itália,
Portugal, Grécia, Hungria, Roménia,
Líbano, Servia, Republica Checa, Rússia, África Ocidental, Marrocos, Gabão,
Brasil, México, Venezuela, Canada,
Haiti, Colômbia, Camarões e
Equador, de entre outros.
Em Setembro de 1875, o Convénio
Universal dos Supremos Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceite, reunidos em
Lausana, proclamaram a seguinte Declaração de Princípios que constitui o
programa oficial do escocismo:
1º A Maçonaria proclama, como fez
sempre, desde a sua origem, a existência de um Princípio Criador, segundo o
nome de Grande Arquitecto do Universo.
2º Não impõe nenhum limite à
investigação da verdade e exige a todos tolerância, a fim de garantir a todos
essa Liberdade.
3º A Maçonaria está aberta a todos
os homens de todas as nacionalidades, raças e crenças.
4º Proíbe nas suas Lojas, toda a
discussão política, religiosa, acolhendo todo o profano qualquer que seja as
suas opiniões políticas e religiosas, sempre que seja um homem livre e de bons
costumes.
5º A Maçonaria tem como fim lutar
contra a ignorância em todas as suas formas, sendo uma escola mútua cujo
programa se resume assim: obedecer às leis do país de cada um; viver
honradamente; praticar a justiça; amar o seu semelhante; trabalhar sem fraqueza
para o bem da humanidade e em prol da sua emancipação progressiva e pacífica.
São estes os propósitos assumidos
pela Maçonaria e por todos aqueles que queiram pertencer à família maçónica.
Ricardo Pereira, 33º.,
Soberano Grande Comendador do S.´. C.´. P.´.
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