A Bíblia não pode ser substituída por um livro em branco, ou
até pelo livro da Constituição, como se faz noutros ritos.
Um livro em branco não é senão o arquétipo carente de
sentido.
A Maçonaria concilia as religiões dogmáticas e as religiões
que não reconhecem a existência de um Deus criador ou de um demiurgo. Daí a sua
capacidade para “reunir o que está disperso”, definição lapidar do
universalismo do Rito Escocês Antigo e Aceite que permite ascender do
incognoscível ao cognoscível, de vincular o visível e o invisível, de propor
uma união do humano com o divino.
Certos ritos, que confundem religião e sentimento religioso,
não nos mostram este símbolo. O Rito Escocês Antigo e Aceite não é o
substitutivo de uma religião, pela bela razão de que não nos entrega uma
verdade revelada e de que não vamos à Loja para adorar nela o Eterno.
Trabalhar em sua glória e praticar a evocação do Grande
Arquitecto do Universo põe-nos no caminho do transcendente, cabendo-nos a cada
um de nós interpretar esse símbolo em função do nosso próprio entendimento.
Extraído do site www.glantigos.org
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