Sabe-se hoje, como todos os estudos na área demonstram, que as crianças que assistem a episódios de violência na família, e que vivenciam ambientes violentos no seu dia a dia, desenvolvem várias patologias, físicas e psíquicas, que afetam profundamente o seu desenvolvimento, impedindo-as de crescer de forma harmoniosa, marcando irreversivelmente o curso da sua vida até à fase adulta.
E as crianças que viveram e continuam a viver a maldita violência, como será marcada a sua vida, como criança e na fase adulta?
O Direito a uma infância segura, equilibrada e com afecto é inalienável e, da sua garantia, depende a capacidade da criança construir as bases de uma vida adulta realizada e feliz.
Este direito da criança, e a sua proteção é, a par dos demais, condição sine qua non da garantia do Princípio da Igualdade de oportunidades.
Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado.
Berta Pinto Ferreira, declara: os tempos estão a mudar e são cada vez menos os que defendem este tipo de abordagem: "Na maioria dos casos, os pais que recorrem à palmada fazem-no num momento de descontrolo, quando já não sabem como resolver uma determinada situação". A pedopsiquiatra compreende - "Educar é muito difícil e pode, de facto, ser muito cansativo" - mas não desculpa: "Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado"".
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