Prefácio do livro " A República ", do Dr. Nuno Maia |
PREFÁCIO
De forma casual e espontânea chegou a hora de voltar a expor
publicamente este reconhecimento.
Há anos que a sensibilidade dos sonhos de várias crianças, gente pura,
sincera e transparente desabrochou nos pátios da Escola Secundária Emídio
Garcia. Um deles foi este já "velho" homem com 51 anos, que guarda na
memória um tempo sem qualquer importância para o leitor.
Eu sei que estas lembranças são minhas e de tantos outros jovens que
corriam por aquele espaço, numa silenciosa manhã ou tarde de um qualquer dia de
Inverno. Mas foi em muitas manhãs e tardes desses dias que sentimos a amizade,
o carinho, a felicidade do nosso tempo.
Cruzei-me com os melhores jovens da minha geração. Mas também com os
adultos que nos abraçavam e nos desculpavam das sensibilidades várias de cada
gesto, de cada palavra, de cada som, de cada atitude irrequieta a favor de
liberdade iniciada em 1974.
De todos os meus professores, hoje tenho a oportunidade de ilustrar um
dos mais conhecidos, o Dr. Nuno Maia, que com a sua postura ímpar e generosa amizade
colheu este aluno que hoje o homenageia.
Este texto que trago ao leitor com esta publicação seguiu-se após a
conferência do Dr. Nuno Maia na comemoração dos 100 anos de República, em 2010,
no Museu Abade de Baçal. Assisti à mesma e, no fim, não resisti à sua
publicação, pela qualidade, mas também pelo afecto, pela estima e pela
fraternidade – um fenómeno verdadeiro e sentido.
O seu autor, Nuno Maia, é uma personalidade bem conhecida em Bragança.
Este pequeno grande livro trata a história com cuidado e atenção, indo ao
encontro do que as pessoas comuns, mas conscientes, sentem pela República. Um
convite que deixo à sua sagacidade e, na esperança, de poder vir a publicar
mais trabalhos deste autor, que faz um apelo claro à cidadania.
Bragança, 09 de Março de 2011
Álvaro Carva
Presidente do Centro de Estudos Maçónicos Fernando Pessoa
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