Eleições no GOL. A atividade da maçonaria não deve ser Rodeada de secretismo, por Rui Pereira, Jornal Público.
Rui Pereira A mais antiga organização maçónica portuguesa, o Grande Oriente Lusitano, vai eleger hoje o dirigente máximo (o "grão-mestre") e a sua equipa. Trata-se de uma eleição democrática, realizada por voto direto, secreto e universal, em que intervêm todos os "mestres" maçons e que sobretudo a eles diz respeito. Porém, vale a pena alargar a reflexão ao "mundo profano". Esta afirmação não é incontroversa. Haverá maçons que acham que os "seus" assuntos apenas devem ser discutidos dentro de muros (pensam: quem anda à chuva molha-se). Todavia, reputo tal entendimento como um dos grandes responsáveis pelo clima de suspeita e desconfiança que recai, atualmente, sobre a maçonaria. O segredo só é lei obrigatória em tempos de ditadura. É claro que a maçonaria tem todo o direito de manter o segredo sobre o rito (embora esse segredo passeie, agora, pela internet) e cada maçon tem o direito constitucional de revelar ou não a filiação, n